domingo, 14 de junho de 2009

A internet e uma nova fase do conhecimento

Olá, meu nome é Jackson Lima, moro em Foz do Iguaçu, Brasil (Caso você seja de outro lugar). Trabalho todos os dias em português, espanhol e inglês. Estudei, quando era adolescente, 16 línguas. Isso não quer dizer que aprendi. Contudo alguma coisa ficou. Nunca fui a escola nenhuma para aprender as línguas. Tudo foi por livros do tipo “Aprenda Sozinho” ou Teach Yourself (em inglês). Nos anos em que fui um grande estudante de línguas, parte dos anos 60, 70 e até 80, o acesso a livros desse tipo era difícil.

O meu aliado era a ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) especialmente o serviço de Reembolso Postal. Eu pertencia a um grupo de amigos em Maceió que obtinha catálogos de editoras por meio de algumas livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro como a Livraria Tecnico Científica, Livraria Francesa e outras. E assim íamos aprendendo.

O César comprava livros de grego; o Pontes gostava de alemão, francês, italiano, russo e outros. Ele era muito curioso e terminou fazendo uma biblioteca com centenas de idiomas nas prateleiras. O Adjanits gostava de russo e sueco. Havia outros que gostavam disso ou daquilo mas todos sabiam inglês que era a língua-meio de aquisição desse conhecimento.

O que eu quero lembrar era o sofrimento, a espera e o desespero entre receber o catálogo, escolher os livros, enviar o pedido e aguardar o carteiro chegar com o aviso de que os livros tinham chegado. Claro que havia ainda a correria financeira – onde levantar dinheiro? Ás vezes tínhamos uma curiosidade. Como será o coreano? Pedíamos um livro em conjunto, fazíamos uma vaquinha esperávamos o livro. Quando pegávamos o pacote na Agência dos Correios a gente sabia que dentro da caixinha havia um potencial. Em poucos minutos teríamos uma idéia de como era a língua, como escreviam nessa língua, como era o alfabeto? Os primeiros sons. Na maioria dos casos, o interesse podia morrer por aí. O que foi o caso do coreano.

Às vezes alguém se interessava. Como foi ocaso do Queiroz que se “atracou” com um livro de iorubá e chegou a estar pronto para não passar fome na língua dos Orixás. Nesse embalo, eu descobri os primeiros passos de minhas 16 línguas e tirei dúvidas ou matei curiosidades sobre hindi, sânscrito, hebraico, árabe, malaio, russo, sueco, dinamarquês e norueguês (simpatizei com o norueguês). E conheci as grandes editoras: Berlitz, Cortina, Linguaphone, Assimil, Editora Pioneira e outras que não me vêm à memória agora.

A Internet acabou com todo isso ou seja, facilitou o trabalho, facilitou a vida e mudou o conceito de aprendizagem de idiomas. Veja o que eu quero dizer na postagem: A internet e uma nova fase do conhecimento (Parte II)

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